Concílios Roma

CONCÍLIOS ROMA

A Igreja Católica realizou vários concílios ecumênicos ao longo da história, eventos significativos onde os líderes da igreja se reuniram para discutir e formalizar aspectos da doutrina e da prática religiosa. Aqui está uma visão cronológica detalhada de alguns dos concílios ecumênicos mais importantes:

  1. Primeiro Concílio de Niceia (325): Convocado pelo imperador Constantino, este concílio foi o primeiro a ser reconhecido como ecumênico. Seu principal objetivo foi resolver a controvérsia ariana sobre a natureza de Cristo. O resultado foi o Credo de Niceia, que afirmava a divindade de Cristo.

  2. Primeiro Concílio de Constantinopla (381): Este concílio foi convocado pelo imperador Teodósio I para promover a aceitação do Credo de Niceia. Ele também expandiu o Credo de Niceia com adições que enfatizavam a divindade do Espírito Santo.

  3. Concílio de Éfeso (431): Foi convocado pelo imperador Teodósio II. Este concílio abordou a controvérsia nestoriana, que negava a união das duas naturezas, divina e humana, em Jesus Cristo. O concílio proclamou Maria como Theotokos, ou “Mãe de Deus”, confirmando a união das duas naturezas em Cristo.

  4. Concílio de Calcedônia (451): Convocado pelo imperador Marciano, este concílio foi fundamental para definir a doutrina cristológica da Igreja, formulando a definição de que Cristo é reconhecido em duas naturezas, divina e humana, “sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação”.

  5. Segundo Concílio de Constantinopla (553): Convocado pelo imperador Justiniano, este concílio lidou principalmente com as controvérsias oriundas do Concílio de Calcedônia, particularmente em relação aos escritos de três teólogos anteriormente aceitos. Este concílio reafirmou as decisões de Calcedônia e condenou os escritos que divergiam dessas definições.

  6. Terceiro Concílio de Constantinopla (680-681): Convocado pelo imperador Constantino IV, este concílio tratou da heresia monotelita, que propunha que, embora Cristo tivesse duas naturezas, ele tinha apenas uma vontade divina. O concílio reafirmou que Cristo tem duas vontades, divina e humana, em perfeita harmonia.

  7. Segundo Concílio de Niceia (787): Este foi o último concílio ecumênico do primeiro milênio e tratou principalmente da controvérsia iconoclasta sobre o uso e veneração de ícones (imagens sagradas). O concílio decidiu a favor do uso de ícones na adoração, estabelecendo diretrizes para sua produção e veneração.

  8. Quarto Concílio de Constantinopla (869-870): Convocado pelo imperador Basílio I, este concílio tratou da deposição do patriarca Fócio de Constantinopla, uma figura central na cisma entre as igrejas do Oriente e do Ocidente. Este concílio também reafirmou a autoridade do papa sobre os patriarcas do Oriente.